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GT21 – Produção de conhecimentos e artefatos – Experiências interdisciplinares em design

Resumo: Um painel que receberá propostas de discussões que relacionem as produções de artefatos, na contemporaneidade, para além de seus aspectos materiais, processuais e culturais, enfocando os movimentos interdisciplinares e as produções de sentido atribuídos ao design. O objetivo é proporcionar diálogos e intercâmbios entre diferentes experiências no campo da formatação de artefatos presentes no cotidiano, que estejam sendo constituídos por elementos interdisciplinares, dentro de uma linguagem voltada para o design e que, sobretudo, considere a participação de atores não humanos nas interações que interferem e reconfiguram o processo formativo social, levando em conta as implicações práticas na formação de valores, desejos e projetos socioculturais e econômicos. Pretende-se uma articulação de reflexões que ultrapassem as visões modernistas e dicotômicas sobre ciência, tecnologia e sociedade. Considerando, inclusive, que tais discussões já são produtos resultantes de redes de interesses, onde as ações são compostas de momentos, mediados e operados por diferentes elos. Este painel aberto ambiciona, em última instância, co-elaborar argumentações acerca do social constituído em redes de afetações, onde ações e entidades são traduzidos mediante seus próprios movimentos e explicitados por um viés interdisciplinar, deslocando-se as limitadas metodologias dos silos disciplinares e vinculando-se uma abordagem contextualizada de análise da produção de conhecimentos e artefatos.

Coordenadores: Adilson da Silva Mello (UNIFEI), Rita Ribeiro (UEMG)
Debatedora:
Rita Morais de Andrade (UFG)

17/09/2025 – Sessão 01

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 305 (3o andar)

Redes que Sustentam: Design, CTS e Pluralidade Epistêmica – Flávia Aparecida Silveira (UTFPR)

Diante da intensificação da crise climática e das limitações dos discursos técnico-científicos convencionais, este trabalho discute a articulação entre práticas de design e os estudos em ciência, tecnologia e sociedade, explorando contribuições conceituais da Teoria Ator-Rede e de abordagens decoloniais. O objetivo é refletir sobre o potencial do design, entendido como prática sociotécnica situada, para atuar como mediador na composição de redes de cuidado, escuta e resistência em contextos de vulnerabilidade climática. Trata-se de um ensaio de natureza teórico-conceitual, fundamentado em revisão bibliográfica crítica e interdisciplinar, com base em autores contemporâneos que discutem epistemologias do Sul, modos de existência e recomposição do comum, o trabalho tensiona os limites da sustentabilidade enquanto categoria técnica e defende a importância de práticas pluriepistêmicas e territorializadas. Ao destacar a dimensão política do design, argumenta-se que projetar é compor mundos, e não apenas resolver problemas. Os resultados parciais apontam para a relevância do design como ferramenta crítica no enfrentamento climático, desde que ancorado em princípios de justiça epistêmica, pluralidade ontológica e diálogo com saberes locais. Como consideração final, o ensaio propõe que a prática do design, ao ser reorientada por esses princípios, pode contribuir de maneira significativa para imaginar e sustentar formas de existência mais justas, resilientes e interdependentes frente à emergência climática.


O QuiTrupe como Ator-Rede: da extensão à formação de uma identidade sociotécnica – José Vinicio Archanjo Júnior (UNIFEI), Adilson da Silva Mello (UNIFEI)

Este trabalho discute a emergência e consolidação do QuiTrupe, projeto de extensão da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Empregando a Teoria Ator-Rede (TAR), busca-se transcender visões dicotômicas entre arte, ciência e sociedade, além de compreender a dinâmica da rede pelas afetações entre agentes humanos e não-humanos, correlacionados por suas ações. (Latour, 2012)
A origem da abordagem lúdica de experimentos químicos na instituição acontece em 2008, com o projeto Show da Química, liderado por um técnico laboratorial. Com o início do curso de química, o projeto passa a acolher estes alunos. Assim, em 2013, o formato de show experimental se diferencia ao integrar também um enredo teatral. O início do grupo é marcado por controvérsias. Além do registro institucional manteve sua nomenclatura, embora o projeto já estabelecesse novos processos em sua construção, a inspiração na literatura infanto-juvenil, um consenso dentre as características da sua trajetória, não acontece desde a primeira montagem teatral. A tecnologia desenvolvida pelo QuiTrupe demonstra um design complexo (Cardoso, 2012), resultando em um produto artisticamente engajador e cientificamente educacional. A busca por identidade também se manifesta na evolução das logomarcas do grupo. De 2013 a 2017, passa por quatro diferentes no Facebook, além de outras exploradas no processo criativo. Essa dinâmica imaginativa utiliza códigos e formas que estabelecem a representação do grupo (Flusser, 2024). Os elementos recorrentes buscavam expressar visualmente a convergência característica ente ciência e arte.


Povos originários e designers, contribuições do pensamento de Tony Fry para um projetar crítico e colaborativo – Lívia Weyl Costa (UFBA)

A reflexão base desta pesquisa parte da compreensão de que o design se consolidou durante a ascensão de discursos sobre o desenvolvimento, os quais oficializaram a ideia de um primeiro mundo desenvolvido responsável por analisar um terceiro mundo subdesenvolvido e ditar maneiras pelas quais este poderia alcançar o desenvolvimento. No design, essa postura se manifestou em “resoluções de problemas” com viés funcionalista, supostamente neutros, mas que na prática favoreceram uma perspectiva capitalista, patriarcal e colonial. Em vez de criar, esse tipo de design acabou eliminando saberes e existências. Essa capacidade destrutiva do design é chamada por Fry de “defuturing”, uma destruição de futuros, e está diretamente relacionada ao conceito de design ontológico, que entende o design não apenas como ação de projetar artefatos, mas também modos de existir. Essa real agência do design opera como uma estrutura não reconhecida, afirmação que se conecta diretamente aos estudos CTS sobre a não neutralidade e as aparentes “caixas-pretas” da ciência e da tecnologia. Ser uma pessoa branca do meio acadêmico e trabalhar com povos originários envolve entrar em contato com ontologias distintas da ocidental. Compreende-se que para atuar criticamente e colaborativamente é imprescindível adotar uma perspectiva ontológica do design, refletindo sobre quais modos de existência estão presentes no ato de projetar, quais discursos de poder são acionados e quais futuros estão sendo construídos.

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